sábado, 14 de fevereiro de 2015

TRISTEZA....



Foto: Arquivo pessoal.

Ontem foi um dia triste, fiquei sabendo do "assassinato" do filho de uma amiga querida, ele era policial e morreu em decorrência da sua atividade. Sou mãe também e senti um grande aperto aperto no coração ao saber de tal tragédia.
A única forma de aliviar esse sentimento de tristeza e impotência e medo, porque nesse momento, automaticamente, pensei nos meus filhos e filhota, foi escrever e escrever.
Fiquei mais chateada, ainda, porque essa tragédia aconteceu em dezembro e fiquei sabendo apenas ontem. Desde outubro tendo estado um pouco deprimida, por problemas familiares que me aconteceram, e enterrei minha cabeça em um buraco imenso e parei de observar em volta. Tanto que praticamente não postei mais no blog. O que tem mantido-me em pé é "clicar" tudo e todos a minha volta, basta "visitar-me" no Instagram para confirmar.
Não posso imaginar oque minha amiga possa estar sentindo e a dor que ela passou e vem passando. Perder um filho (a) deve ser uma das piores dores morais que deve existir, desejo de coração nunca precisar passar por isso, penso que no ciclo da vida os filhos e filhas é que devem enterrar os pais e não o contrário.
Ontem enquanto exercia a minha função de "mãetorista", não pude deixar de pensar, apesar de ser espírita,em que espécie de mundo vivemos? Onde pessoas boas e no auge da juventude tem suas vidas ceifadas dessa forma? Evidentemente fiquei sem nenhuma resposta lógica e reconfortante. Somente restou-me no peito a  tristeza por ser mãe e colocar-me no lugar da minha amiga, nunca até ontem havia passado por uma situação assim. Tomar conhecimento de um crime tão brutal, e tão próximo a mim, assistia as vezes nos noticiários e ficava indignada, dessa vez foi perto de mim e além da indignação senti dor, muita dor, mesmo que atrasada.
Que espécie de mundo é esse em que as regras básicas da natureza são quebradas, onde um mãe é obrigada a sentir tanto pesar, ao enterrar um filho querido e muito amado?
E eu aqui no meu tolo e infantil mundinho de autopiedade, quando existe ao meu redor tanto sofrimento maior. Foi como um banho de água geladíssima, serviu para acordar-me.
Infelizmente ou não, percebi que nossos filhos e filhas são do mundo, e que as vezes pessoas torpes e com trevas na alma os tiram de nós.